O Significado Esotérico dos Números

06/07/2013 22:50
Os números são, até onde se sabe, de origem hindu. Esses caracteres são também chamados de indo-arábicos por terem sido encontrados entre os antigos povos da Mesopotâmia e Índia. foram os árabes seus introdutores na Europa em decorrência do comércio e das invasões sarracenas. a integração definitiva dos números na cultura ocidental só se deu no século XII. A palavra número vem do grego nemo que significa dividir. Logos também é uma palavra derivada do grego que significa conhecimento. Assim sendo aNumerologia é o estudo de como as coisas se dividem no universo conforme sua estrutura vibracional. Tudo o que existe vibra e cada vibração possui uma frequência numérica. Assim pessoas, animais, vegetais e minerais possuem uma faixa vibracional própria que é classificada por códigos numéricos. Sim, somos todos números! Esses números podem mapear nossa personalidade, mas não restringem de modo algum a possibilidade de alteração daquilo que conhecemos como destino, através da transformação da consciência. Segundo C.G Jung a consciência do número existe antes mesmo da capacidade de representá-lo graficamente! É a ideia simbólica mais antiga (talvez a primeira) da humanidade. 

Os números estão presentes em muitas 
técnicas esotéricas e sistemas oraculares.
A descrição que se segue é uma breve incursão dos números como modeladores da realidade. Do zero ao três as forças cósmicas se movem para criar os parâmetros que sustentarão a vida. Entre o quatro e o seis surgem os elementos, a natureza e o próprio homem como parte desta natureza, e sua organização em sociedades que forma aquilo que chamamos de civilização. Do sete ao dez o homem comum busca “a volta a casa do Pai”, sai para uma ascensão que passa pelo o intelecto e em seguida o transcende. É o caminho solitário de todo o Buscador espiritual que tem de abandonar os valores medianos da sociedade comum.
Uma descrição mais detalhada dos números, seus mitos e correspondências tanto no tarot quanto na astrologia está disponível na lista de marcadores deste blog com o título “simbolismo dos números”.Vamos agora a Uma Breve História do Tempo como diria o físico Stephen Hawking, só que sob a ótica da numerologia:

 
As Bases da Vida

O zero (0) – O vazio de onde tudo se originou. O circulo que contém toda a criação e todas as possibilidades de manifestação. Simboliza tanto a nulidade da ignorância quanto o vazio de uma consciência plena, o nirvana dos iluminados. O zero é onde o humano encontra o divino depois de sucessivas e cíclicas passagens (reencarnações), que se dará no número 10. No tarot é  O Louco, a inocência da manifestação.
 
 

Um (1) – O ponto de onde a vida se manifesta de modo focado. Um axioma da geometria afirma que “por um ponto passam infinitas retas”, assim o um pode criar tudo, pois todos os outros números derivam dele.  O indivíduo único e indivisível que possui em si a semente do sagrado. O pai-mãe criador das antigas religiões. No tarot é O Mago, o poderoso criador.
 
Dois (2) – A meia lua ou a linha. A dualidade que gera a tensão que por sua vez mantém a vida em equilíbrio: vida/morte, dia/noite, nascer/morrer, macho/fêmea etc. O dois é a antítese que se opõe a tese (que é o um). Representa a introspecção que se dá em meio às transições importantes. O olhar para além do que se apresenta. No tarot é A Sacerdotisa, a conhecedora dos mistérios da vida.
 
Três (3) – É o triângulo. A síntese que une o masculino íntegro, com o feminino facetado. Emblema da conclusão e por isso mesmo das tríades sagradas das grandes civilizações: Brahma, Vishnu, Shiva. Osíris, Ísis, Hórus. Pai, Filho, Espírito-Santo e as três letras maternais da cabala Aleph (ar), Mem (água) e Shin (fogo). No tarot é A Imperatriz, a mãe do mundo.
 
A Criação do Mundo Físico e do Homem
 
A criação das formas que permitiram
o surgimento da natureza e da humanidade.
 
Quatro (4) – O quadrado. O construtor e regulador da realidade. Tudo no mundo físico é organizável a partir da tétrade. Quatro estações, elementos, direções, humores etc. Se circulo é a representação natural do todo o quatro é sua divisão mais óbvia! Representa o mundo concreto, o corpo e a criação pronta. No tarot é O Imperador, o líder do mundo.
 
Cinco (5) - O pentagrama. A introdução do espírito na matéria bruta do quatro. Insere movimento, inspiração e ação criativa onde antes só havia massa e volume. É o número do homem e sua busca por Deus (meio quadrado/meio circulo). No tarot é O Hierofante, o que cria pontes entre os homens e o sagrado.
 
Seis (6) – O hexágono (selo de Salomão). O número da perfeição manifesta, sua sexta parte (1), mais sua terça parte (2), mais sua metade (3) somados resultam nele mesmo e é o único número simples e que isso acontece. Simboliza a união do homem com Deus e com a comunidade terrena, outros homens e natureza. No tarot é Os Amantes, o aprendiz do Amor.
 
A Busca por Individuação
 

Sete (7) – Tem sua origem na soma dos antagônicos e complementares: o um (individual) com o seis (coletivo), o dois (dividido) com o cinco (integrativo), o três (criativo/imaginativo) com o quatro (realista/concretizador). Denota desenvolvimento, recolhimento e perfeição no âmbito físico tanto quanto no espiritual. No tarot é O Carro, o heroi em busca de sua lenda pessoal.
 
Oito (8) – A harmonia das coisas. O oito retifica os possíveis excessos cometidos no sete. A sua forma é a de dois círculos que se equilibram perfeitamente, por isso está associado a lei do karma, que é a reguladora da evolução. Pressupõe um caminho que se eleva, um mirante de onde se vê tudo com mais clareza. No tarot é A Justiça, o encontro com a verdade.
 
Nove (9) – O nove é segundo Pitágoras o “oceano onde navegam os outros números”. Nada é maior que ele (3x9=27 – 2+7=9) nada pode ser acrescido a ele (7+9=16 – 1+6=7). É o nível da completude do iluminado, aquele que atingiu o ápice de consciência humana. No tarot é O Eremita, o sábio dos sábios, aquele que ao se iluminar volta-se para si sem virar as costas para os que trilham o caminho da luz.
 
O Dez (10) – O homem volta ao seu estado de pureza divina, unido novamente com o sagrado ele vê a vida como um esquema completo e não mais separado por secções do ego. Percebe-se como co-criador da realidade onde um novo ciclo pode e deve se iniciar. O dez é o um que passou por todos os outros números (consciências) e elevou-se. Vê o esquema da Roda de Samsara e liberta-se. No tarot é A Roda da Fortuna, a lei dos sucessivos começos.

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